quarta-feira, junho 04, 2008

no meu jardim

A escrita talvez seja reflexo do meu estilo 'são-tomé-de-ser'.
As palavras pretas saltando aos olhos precisam denunciar os meus pecados. Precisam manchar o branco do papel. Imagem maculada de uma dor que ainda sangra, num jorro de letras e lágrimas.

Mas escrever acalma, sistematiza os erros, exalta acertos, imortaliza decisões.
É, foi por isso, enfim: pra tornar público esse juramento e fazer de vocês quase cúmplices.

Não vamos mais precisar de chaves. Os desejos se escancaram num apelo ingênuo. Bobo. Tão ridículo. Tão... óbvio. Numa voz trêmula, embaçada, ainda tive tempo pra te banir, exigir minhas chaves de volta. Não era mais tempo. Não havia mais segredos, você já os viu todos, um por um.

Nunca fui tão sua como agora há pouco. Mas você me perdeu. E eu? Eu percebi que os nossos relógios não se encontrarão mais, porque fiz de mim atemporal. E, feito camaleão, me transporto prum futuro próximo, onde não quero nem ouvir falar de você. E eu, que era feita de pedaços seus, me fundi ao vento, deixando ele levar o nosso orgulho, nosso egoísmo, nossas limitações, minha ingenuidade, seu preconceito.

'... quem irá nos proteger?'

segunda-feira, março 27, 2006

(re)nascendo


E recuperando a liberdade de ser uma de cada vez.
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